O hábito da leitura está em expansão e, com ele, surgem novas formas de circulação cultural. Nas redes sociais, influenciadores digitais vão além das resenhas de livros: eles transformam a experiência individual da leitura em algo coletivo e compartilhado. Plataformas como TikTok, Instagram e YouTube dão palco para conversas, movimentos e encontros que aproximam leitores de histórias — e também de marcas.

Quando a leitura vira estratégia de marca

Algumas empresas já entenderam esse potencial e incorporaram a literatura ao branding:

  • Warby Parker promoveu o Book Report em sua loja de Nova York, reunindo autores e leitores em um espaço de troca cultural.
  • Aesop, conhecida por associar produtos à literatura, lançou listas de livros conectadas a fragrâncias, criando vínculos emocionais além do consumo.
  • Miu Miu distribuiu edições personalizadas de clássicos em pop-ups literários em cidades como Pequim, Hong Kong e Paris, reforçando sua lembrança de marca em ambientes culturais.

Narrativas originais que conectam produtos e histórias

Outras marcas optaram por criar narrativas próprias:

  • Neutrogena convidou a influenciadora Serena Kerrigan para escrever contos que acompanharam o lançamento de um sérum.
  • Jimmy John’s produziu um audiolivro de fantasia romântica, unindo humor, leitura e estilo de vida em uma experiência criativa.

Em ambos os casos, os produtos deixaram de ser apenas itens de consumo e passaram a ser símbolos de estilo de vida e criatividade.

Comunidades literárias como espaços de ativação

Clubes de leitura presenciais também se tornam oportunidades estratégicas para marcas:

  • O Book and Sip Club, presente em dezenas de cidades nos EUA.
  • O Silent Book Club, que já reúne leitores em mais de mil localidades.

Quando influenciadores lideram ou participam dessas iniciativas, a lembrança de marca se fortalece, unindo o alcance digital com a experiência offline.

Mais do que vendas: construção de relevância cultural

Esses exemplos mostram que apoiar a cultura do livro não se trata apenas de vendas imediatas. É sobre construir relevância cultural e ocupar espaços de confiança, afeto e pertencimento. Ao lado dos influenciadores, as marcas passam a ser lembradas como parte de experiências que combinam conhecimento, estilo de vida e comunidade.

🔗 Fonte: Ad Age

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